[elementor-template id="5531"]

Eurásia em Foco: Volume 1 | Número 1

O Eurásia em Foco é o mais novo material de divulgação do conhecimento produzido pelo CIRE, em formato de boletim com publicação trimestral.

Buscamos oferecer panoramas informativos e breves análises críticas sobre os processos políticos, sociais, culturais e internacionais referentes à região de interesse de pesquisa do grupo.

Sua primeira edição, que contempla desdobramentos de janeiro a março, conta com cinco notícias comentadas e duas análises especiais feitas pelos nossos membros.

Convidamos a todos a participarem da leitura e do debate promovido pelo Eurásia em Foco.

Acesse o PDF aqui

Ucrânia pressionada: EUA cobram Zelenksy, e Rússia reforça ataques

No dia 24 de abril de 2025, a pesquisadora Maria Eduarda Carvalho de Araujo, membro do Centro de Pesquisa sobre a Rússia, a Eurásia e o Espaço Pós-Soviético (CIRE), compartilhou suas análises sobre o impasse nas negociações de paz na Guerra na Ucrânia, com Zelensky recusando a ideia de concessões territoriais. A entrevista também abordou a proposta de Donald Trump sobre um cessar-fogo na guerra.

Para acessar a notícia, clique aqui: Proposta de Trump e a posição de Zelensky na guerra da Ucrânia.

Memória histórica e anexação da Crimeia: o papel das percepções do passado para o processo de legitimação da política externa russa (1999-2014)

A dissertação de mestrado de Maria Eduarda Carvalho de Araujo, membro do CIRE, investiga a relação entre a memória histórica e o processo de legitimação da anexação da Crimeia em 2014, destacando como o governo russo acionou a memória do passado para justificar essa decisão em sua política externa.

A pesquisa articula os estudos sobre memória, legitimação e segurança ontológica, propondo que a memória histórica desempenhou um papel central na formulação da identidade nacional russa e na construção de sua postura externa pós-soviética.

Acesse a dissertação aqui.

Análise: com culpa no cartório, Kiev vai reciclar narrativa de Bucha para explicar ataque em Sumy

No dia 14 de abril de 2025, a professora de Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Franca e membro do Centro de Investigação sobre Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), Danielle Makio, comentou à Sputnik Brasil as implicações jurídicas e narrativas do ataque russo à Universidade Estadual de Sumy, na Ucrânia.

Makio destacou que a realização de uma cerimônia militar em área urbana, com grande circulação de civis, “coloca a população local em risco absoluto” e constitui uma grave violação aos princípios do Direito Internacional Humanitário. Para a pesquisadora, a proximidade entre alvos civis e militares infringe a obrigação de distinguir entre combatentes e não combatentes, e expõe uma estratégia deliberada do governo ucraniano de usar “escudos humanos” para moldar a percepção pública internacional do conflito.

A professora também chamou atenção para a forma como o episódio tem sido abordado pela mídia ocidental. Segundo ela, o silenciamento ou a omissão sobre a natureza militar do evento em Sumy revela uma “seletividade narrativa” que reforça uma dicotomia simplista, apresentando a Ucrânia como vítima absoluta e a Rússia como agressora irracional. “Essa construção binária não resiste a uma análise mais crítica dos fatos em campo, mas é sustentada pela força do mainstream midiático”, afirmou Makio.

Para a especialista, há o risco concreto de que o ataque em Sumy seja transformado em “uma nova Bucha”, referência à controvérsia em torno da cidade ucraniana onde imagens de civis mortos geraram forte comoção internacional em 2022. “Se a cobertura continuar a descontextualizar os fatos, será mais uma oportunidade de manipulação da opinião pública internacional, com impactos diretos na escalada do conflito e na inviabilização de iniciativas de paz”, concluiu a pesquisadora.

Para saber mais, clique aqui: Análise: com culpa no cartório, Kiev vai reciclar narrativa de Bucha para explicar ataque em Sumy

20 anos da ‘Revolução das Tulipas’ no Quirguistão e seus reflexos contemporâneos

O artigo 20 anos da ‘Revolução das Tulipas’ no Quirguistão e seus reflexos contemporâneos, escrito por Guilherme Geremias da Conceição, membro do CIRE, analisa os reflexos contemporâneos da Revolução das Tulipas no Quirguistão, 20 anos após o evento.

O país, desde sua independência em 1991, tem enfrentado desafios de instabilidade política, com sucessivos protestos e trocas de governo. A análise enfoca a divisão interna entre o norte e o sul, a corrupção sistêmica e as dinâmicas de poder, explorando como a Revolução das Tulipas se insere no contexto mais amplo das “Revoluções Coloridas” que marcaram o pós-soviético. A geopolítica do Quirguistão, com sua posição estratégica na Ásia Central, também desempenha um papel crucial em suas crises políticas, com implicações além das fronteiras regionais.

Confira o texto completo para mais insights sobre este evento e suas repercussões no cenário contemporâneo.

#563 O que os Estados Bálticos perdem com a russofobia?

No dia 27 de fevereiro de 2025, Maria Eduarda Carvalho de Araujo, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas e membro fundadora do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), participou de um episódio especial no podcast Mundioka.

Durante o programa, Maria Eduarda analisou a postura dos Estados Bálticos em relação à Rússia, discutindo as motivações por trás das políticas antirrussas adotadas por Estônia, Letônia e Lituânia. Entre os pontos abordados, destacam-se o fechamento de fronteiras, o alinhamento com Bruxelas e a recente decisão de desconectar-se do sistema elétrico russo — uma medida cujo impacto prático para os cidadãos desses países é questionável. A conversa também explorou as consequências dessas políticas para a população russa que reside na região.

Para ouvir o episódio completo, clique aqui: #563 O que os Estados Bálticos perdem com a russofobia?

Te vira! ‘Desprezo de Trump’ força Europa a arcar com custos, embora continente já pague a conta

No dia 17 de fevereiro de 2025, o doutorando em Estudos Estratégicos de Defesa e Segurança, Tito Livio Barcellos Pereira, e membro pesquisador do Centro de Investigação sobre Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), analisou na Sputnik Brasil as implicações da política externa de Donald Trump sobre a segurança europeia e a gestão dos custos do conflito na Ucrânia.

Tito destacou que a postura de Trump reforça uma redistribuição de responsabilidades no cenário internacional, pressionando os aliados europeus a assumirem um papel mais ativo na sua própria defesa. Para o pesquisador, a mudança de abordagem dos Estados Unidos gera um dilema estratégico para a União Europeia, que precisa equilibrar seus interesses de autonomia com a realidade de uma infraestrutura de defesa ainda dependente da presença norte-americana.

Segundo o pesquisador, a falta de um consenso dentro da UE sobre como lidar com essa nova realidade pode levar a um cenário de fragmentação política ou, alternativamente, ao fortalecimento de iniciativas como a Cooperação Estruturada Permanente (Pesco) para reduzir a dependência de Washington. No entanto, ele ressalta que esse processo será lento e exigirá investimentos significativos, além de uma reformulação das relações transatlânticas.

“Os americanos não abrirão mão de sua presença militar no continente europeu, assim como os europeus não querem se desligar totalmente dessa segurança. O que está em jogo aqui não são laços de amizade, mas cálculos estratégicos e interesses nacionais”, afirmou Tito.

Para saber mais, clique aqui: ‘Desprezo de Trump’ força Europa a arcar com custos, embora continente já pague a conta.

Trump ambiciona a Groenlândia para fazer frente à presença russa e chinesa na região

No dia 27 de janeiro de 2025, Getúlio Alves de Almeida Neto, membro-fundador do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), publicou uma análise no The Conversation sobre o interesse renovado de Donald Trump na Groenlândia e sua relação com a presença russa e chinesa no Ártico.

O artigo explora a estratégia dos EUA para a região, as disputas geopolíticas entre Washington, Moscou e Pequim, e os possíveis desdobramentos da abordagem de Trump, que considera até mesmo coerção econômica ou militar para adquirir a ilha.

Confira a análise completa para entender como o Ártico se tornou um novo palco de rivalidade entre as grandes potências.

Participação no Times Brasil – CNBC

No dia 24 de janeiro de 2025, a professora Danielle Makio, docente do curso de Relações Internacionais da UNESP e membro do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), concedeu uma entrevista ao Times Brasil – CNBC para analisar as perspectivas acerca das ameaças de sanções à Rússia feitas por Donald Trump nos primeiros dias de seu novo mandato. Durante a conversa, Danielle discutiu os possíveis impactos dessas medidas sobre a economia russa, as relações entre Moscou e Washington e o cenário geopolítico global.

Para assistir à entrevista completa, clique aqui

Trump pode usar corrupção nos envios de ajuda à Ucrânia como cartada para encerrar o conflito?

No dia 17 de janeiro de 2025, o doutorando em Relações Internacionais na Universidade Estatal de São Petersburgo, Pérsio Glória de Paula, e a mestranda em Relações Internacionais do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp, Puc-SP), Maria Eduarda Carvalho de Araújo, ambos pesquisadores do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), analisaram na Sputnik Brasil o impacto da corrupção nos envios de ajuda à Ucrânia e como isso pode ser explorado por Donald Trump para pressionar Kiev a negociar a paz.

Pérsio destacou que a dependência ucraniana do apoio ocidental é um fator determinante para a continuidade do conflito e que a contenção desses recursos poderia forçar Kiev a dialogar com Moscou. Já Maria Eduarda ressaltou a crescente impopularidade do auxílio financeiro à Ucrânia nos Estados Unidos e na Europa, agravada por suspeitas de desvio de recursos. Segundo a pesquisadora, esse cenário fortalece partidos que defendem o fim desse suporte e levanta questionamentos sobre os reais interesses por trás da assistência internacional.

Para saber mais, clique aqui: Corrupção na Ucrânia pode ser arma de Trump para encerrar conflito, dizem especialistas.